As Empresas Simples de Crédito (ESCs) foram lançadas em 2019 com o objetivo de oferecer crédito para micro e pequenas empresas (MPEs), sendo uma alternativa aos bancos.

Uma pesquisa conduzida pelo Sebrae ao final do ano passado mostra que entre as dificuldades mais citadas para obter o empréstimo pelo micro e pequeno empresário estão justamente as elevadas taxas de juros (47%), a falta de avalista (19%) e a falta de garantias reais (17%).

É aqui que entram as ESCs. Elas começam a nascer justamente para acabar com essas dificuldades. As ESCs nascem para o microcrédito, para emprestar dinheiro a quem confia, sem burocracia e ainda com a tendência de esse juro cair assim que a concorrência entre elas se acirrar.

A dificuldade para conseguir recursos no sistema bancário é tal que apenas 14% das MPEs pesquisadas pelo Sebrae responderam ter tentado obter um novo empréstimo nos últimos seis meses do ano passado. É o menor nível registrado desde 2015, quando começou a ser feita esta pergunta. A maioria (61%) dos micro e pequenos empresários ouvidos pelo Sebrae, considerou o sistema bancário brasileiro ruim ou péssimo, percepção que em 2013 era consenso apenas entre 28% dos entrevistados.

O Sebrae constatou ainda que a alternativa mais utilizada para conseguir recursos para capital de giro, compra de máquinas e equipamentos e reformas ou ampliação do negócio. Por exemplo, é a negociação de prazos com os fornecedores, seguido do uso de cheque pré-datado, cartão de crédito empresarial e cheque especial, cujos juros variam de 200% a 240% ao ano.

Empréstimos solicitados a bancos comerciais privados aparecem apenas na quinta colocação, enquanto bancos oficiais estão na oitava colocação.

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